Dayane, adorei seu meme! Eu acho o meme um gênero textual interessantíssimo, que inclusive recentemente começou a ser explorado em vários vestibulares. Ademais, acredito que ele é um gênero muito acessível a essa nova geração extremamente tecnológica, visto que os memes circulam majoritariamente em redes sociais. Vale lembrar que o aluno não lê mais textos de maneira linear, mas sim multi (inclusive me espanto com o número de alunos com tdah nos últimos anos). Contudo essa tendência de leitura mais multimodal, dinâmica fluida diz muito sobre nosso estilo de vida, referências, cultura e a maneira que nos comunicamos com o outro. De fato, Dayane, é um gênero muito complexo que vai além do humor.
Além disso, achei maravilhoso a mensagem do seu meme: incentivando alunos a interagirem mais em sala de aula. Infelizmente, ainda se tem muitos problemas dessa natureza com os alunos, estes que são cultivados pela hierarquização em sala de aula e o medo de não ter conhecimento suficiente. infelizmente, nossa sociedade no geral não sabe reconhecer processos e valorizá-los. Mais um barreira a ser quebrada!

• Nicolle Nogueira

Cada vez que escuto alguém que resiste a inclusão de certo gênero textual no currículo escolar, como por exemplo os memes ou o funk, penso sobre Cultura (com C maiúsculo), ou seja uma perspectiva elitista sobre a cultura que escolhemos para educar, Nicolle.

• Souzana Mizan

uma barreira*

• Nicolle Nogueira

Achei show essa ideia dos memes. Eu curto muito esse recurso de dizer o que quiser com humor e leveza.

• Sandra Nobre

Exatamente, Sandra! E os memes tem o potencial de desenvolver a criticidade dos alunos a partir de suas linguagens e estéticas.

• Souzana Mizan

@Souzana Mizan, achei a ideia do meme incrível. Gosto muito da ideia de trabalhar com esse gênero pela sua natureza interativa, por explorarem diversas linguagens simultaneamente, além de explorarem diferentes estratégias de leitura e de produção.

Apesar de muitos verem os memes apenas pela tom de humor que transmite, acredito que vale a pena, como educadores, pensarmos que memes podem contribuir para ampliação de diferentes habilidades formativas.
É possível, a partir do trabalho com memes, propormos atividades que contemplem as dimensões discursivas da linguagem, mobilizar os alunos para a produção autoral de textos e ampliar habilidades relacionadas aos multiletramentos, pois além do manuseio operacional das tecnologias para a criação do meme, como fomos desafiados a fazer aqui, há também um olhar crítico sobre os processos de produção, circulação e recepção desses textos que integram o cotidiano social.

Diante disso, deixo aqui uma pergunta/reflexão....
Quais lugares os textos multimodais que circulam nas redes sociais ocupam na vida dos estudantes? E que lugares eles ocupam nas nossas aulas?

• Dayane Rita Da Silveira

Concordo, Dayane, que esses gêneros textuais, que fazem parte da vida leiga dos nossos alunos, devem adentrar as nossas salas de aula. Trabalho com memes já algum tempo e desafio os meus alunos a criarem narrativas acompanhadas por memes sobre assuntos que estamos trabalhando, como, por exemplo, língua como barreira de acesso as posições de prestígio, sotaques e línguas colocadas nas margens no sistema educacional etc e os alunos criam memes e narrativas que trazem outras realidades até então ausentes no espaço acadêmico.

• Souzana Mizan

Que lindo, o seu meme, Dayane. E como a parte visual conversa bem com a parte verbal! Pode até incluir uma narrativa sobre correção de erro de língua e como a professora lidou com a situação

• Souzana Mizan