Trânsitos imagéticos

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Abstract

A velhice e os processos de envelhecimentos são questões universais que perpassam as condições sociais e culturais de todas as sociedades. Entretanto, a velhice feminina tem significados específicos e individuais que impedem qualquer homogeneização desta faixa etária ( BEVOUAIR:1990; BOSI:1987; BUTLER:2003). Sendo o cinema campo fecundo de construções imaginárias, sua ontologia e linguagem possuem alto poder de simulacro do real em que significam e ressignificam as representações. Para o corpus desta análise selecionamos da ultima década, três filmes que têm a velhice e os processos de envelhecimento como principal questão do roteiro narrativo: Chega de Saudades (2008) de Lais Bodansky; Do outro lado da Rua(2004) de Marcos Bernstein e Durval Discos (2002) de Ana Mulaert. Para análise fílmica recorreu-se a distintas ferramentas metodológicas que associadas puderam produzir uma compreensão mais interdisciplinar adequada ao arcabouço teórico dos estudos culturais ( Hall:2006; Jameson:2006; Mulvey:2005) e da teoria do imaginário (Maffesoli:2001; Morin:1976; Kehl:1996) aplicada ao cinema. Um conjunto de dilemas (Lastoria:1995) foram identificados, entre outros: O corpo como suporte da mulher/ debilidade física; vaidade feminina/ degradação física; longevidade/doenças e morte; solidão /vida social; sexualidade/ amarras sociais, etárias, culturais.